“Como a criança irá falar?"

 

As crianças apenas com fissura de lábio não terão alterações de fala, uma vez que este tipo atinge mais os aspectos estéticos. Porém, o mesmo não ocorre com as crianças que são acometidas pela fissura de palato.

 

Nas fissuras de palato podem ter disfunção velofaríngea (DVF) que ocorrem por insuficiência e/ou incompetência de tecido, desenvolvendo distúrbios denominados obrigatórios, que tem por característica: hipernasalidade, escape de ar nasal e fraca pressão intraoral.

 

fala

Quando os indivíduos realizam a palatoplastia e ainda apresentam os distúrbios em decorrência de incompetência são denominados de distúrbios obrigatórios de aprendizagem. Existem também as articulações compensatórias (AC) que são produções dos sons em regiões inadequadas.  

 

A prevenção quanto as AC pode ser iniciada por volta dos 6 meses de idade quando começa o balbucio por meio de orientações aos pais, que irão estimular a sensação da pressão intraoral por meio da oclusão das narinas, minimizando as chances de desenvolver as AC. O fonoaudiólogo será o profissional que atuará na prevenção e reabilitação destas alterações, favorecendo na inteligibilidade de fala.

 

A fonoterapia propriamente dita, ocorrerá somente se após a palatoplastia a criança apresente alguma AC que será identificada por meio de uma avaliação fonoaudiológica. A terapia será conforme a maturidade da criança em manter a atenção necessária para realizar as atividades propostas.

 

As crianças com fissura podem ter um desempenho inferior de linguagem sendo justificado pelas questões audiológicas, superproteção dos responsáveis e ausência de estímulos. Para que ocorra um bom desenvolvimento de linguagem é necessário que a criança seja estimulada, sendo a participação da família de extrema importância, visto que serão eles que passarão a maior parte do tempo com a criança 24-27.