“E a audição? Como está?”

A tuba auditiva faz a comunicação entre a orelha média e a nasofaringe, na maioria das vezes, permanece fechada para evitar que se tenha o refluxo de secreções e alterações de pressão na orelha média, evitando sensações desagradáveis.

 

Na abertura da tuba auditiva há dois músculos envolvidos no processo, o tensor do véu palatino e o levantador do véu palatino, que em indivíduos com fissura de palato geralmente terão a inserção inadequada no palato, influenciando no funcionamento da tuba auditiva.

 

Quando há secreção na orelha média pode ser realizada a colocação de um tubo de ventilação que é posicionado na membrana timpânica para realizar a drenagem do líquido, este procedimento é realizado pelo otorrinolaringologista, assim como o tratamento clínico.

Devido a alteração estrutural, as crianças com fissuras de palato estão mais propensas a terem disfunção tubária que podem evoluir para alterações auditivas. A otite serosa, por exemplo, muitas vezes pode passar despercebida pelos pais por não apresentar dor no ouvido, febre ou outros sinais clínicos. Como consequência os indivíduos podem desenvolver perda auditiva condutiva, podendo ter consequências no desenvolvimento da linguagem oral e escrita ^20,22,23.